segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Reajustes para o cerrado



A taxa anual de desmatamento no Cerrado (foto) entre 2002 e 2008 foi de aproximadamente 14 mil quilômetros quadrados (Km2) e não de 21 mil Km2, como anunciou com o ministro Carlos Minc (Meio Ambiente) em 10 de setembro deste ano. Isso porque parte da degradação registrada para o período aconteceu, na verdade, antes de 2002.



O novo índice foi calculado também pelo Centro de Sensoriamento Remoto do Ibama e validado por órgãos como Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Embrapa, Funcate e Laboratório de Processamento de Imagens da Universidade Federal de Goiás. A checagem mostrou que no período houve um desmatamento de 85.075 km2 e não de 127.564 km2, como antes informado. A diferença é de 33%.



Assim, as perdas anuais de Cerrado deixam de ser quase que duplamente superiores às médias registradas na Amazônia, mas sem mantêm elevadas para uma região extremamente fragmentada e alvo do avanço da fronteira agrícola. As emissões de gases-estufa pela degradação do Cerrado a cada ano também encolheram, mas o total emitido se mantém, já que as perdas totais do bioma ainda estão próximas dos 48%, como adiantou O Eco no dia primeiro de setembro. Se for somada vegetação secundária, aquela que cresce após o desmatamento, o índice chega a 51,2%. A taxa de 39% de "conversão" do Cerrado apontada pelo governo em 2006 foi subestimado.

 

"Os dados revisados seguem mostrando grande perda anual de vegetação, ao mesmo tempo que permitem que o governo seja mais ousado na meta anunciada para redução de emissões do Cerrado, de 40% até 2020. Isso pode ocorrer sem prejuízo à agropecuária, que precisa ganhar em eficiência e ampliar a recuperação e uso de áreas degradadas. E, tão importante quanto tudo isso, é preciso definir a trajetória para cumprimento das metas para o Cerrado, uma curva apoiada por políticas públicas para a redução da degradação", ressaltou Mercedes Bustamante, do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília. (Aldem Bourscheit)

fonte: http://www.oeco.com.br/salada-verde/38-salada-verde/23003-reajustes-no-cerrado

O verde indesejado do Pantanal


Braquiária d'água: praga que atinge o Pantanal e de difícil eliminação. Foto: Adalberto Eberhard


Um dos nomes mais recorrentes na lista de problemas ecológicos nas áreas protegidas brasileiras se chama braquiária. Este tipo de capim se reproduz a uma rápida velocidade e substitui campos nativos de maneira quase incontrolável. O que pouca gente sabe é que até as áreas úmidas estão sendo acometidas pela propagação de outra espécie exótica e invasora com uma característica que a coloca em grande vantagem para colonizar o Pantanal: a braquiária d’água ou tanner grass (Brachiaria subquadripara). Ela é uma das raras plantas que se dão muito bem em ambientes aquáticos, por isso tem silenciosamente impactado este que é tido como o bioma mais preservado do país.

Quem entende de Pantanal não tem dúvidas sobre a gravidade da expansão dessa espécie africana pelas áreas alagadas da planície. Apesar disso, ainda não existe no Brasil nenhum projeto de grande escala que tenha mapeado ou esteja acompanhando a expansão da braquiária d’água na região, que tem forte capacidade competitiva com a flora nativa e dificilmente sofre pressões negativas, como predação e parasitismo. “Hoje ela é considerada a pior planta daninha aquática. Foi encontrada no interior do Parque Nacional do Pantanal (MT), na reserva particular Sesc Pantanal (MT), e lagoa do Jacadigo (MS), ao sul de Corumbá”, lembra o agrônomo Robinson Pitelli, da UNESP de Jaboticabal. A espécie também já foi vista dentro da reserva particular do patrimônio natural Dorochê, administrada pela Fundação Ecotrópica.

Arnildo Pott, pesquisador aposentado da Embrapa Gado de Corte, em Campo Grande, acredita que a braquiária d’água tenha chegado nos anos 80 ao Pantanal, embora colonize outras áreas do Brasil há muito mais tempo. Mas ela não atendeu as expectativas protéicas que os produtores tinham. Pitelli detalha. “No Pantanal, alguns fazendeiros viram nesta espécie a possibilidade de viabilizar pastagens em áreas úmidas e introduziram-na voluntariamente. Depois descobriram que este capim é tóxico para o gado, pois causa acúmulo de nitrato e outras substâncias e, então, ela foi abandonada por alguns. Mas se propaga facilmente por fragmentos, vai se quebrando e formando outras plantas”, descreve Pitelli. Nas margens dos rios, elas se desprendem junto com os camalotes (porções de vegetação que descem os rios do Pantanal em época de cheia) e se enroscam, compondo uma teia danosa à vida subaquática. “Ela cresce sobre os aguapés e forma uma manta. Isso os mata os aguapés e o nicho de reprodução dos peixes de couro fica prejudicado”, completa o pesquisador.


Dieta alterada


Mas os danos à biodiversidade podem ir além. Ao substituir a vegetação de capins nativos, a braquiária d’água altera os hábitos alimentares de outros animais, como aves e peixes. No entanto, avaliações aprofundadas sobre esses efeitos ainda são raras. “Temos uma pesquisa no reservatório de Porto Primavera (divisa de Mato Grosso do Sul com São Paulo) e notamos que os cervos do Pantanal não estão comendo este capim. Isso restringe a sua área de alimentação, eles passam a competir mais entre si, se tornam presas fáceis e podem até desaparecer”, cita Pitelli.


Para Sandra Santos, pesquisadora da Embrapa Pantanal, além do impacto ambiental, as espécies gramíneas exóticas adaptadas a áreas alagadas da região podem competir com espécies forrageiras de grande valor nutricional, como as gramíneas nativas temperadas, localizadas nas áreas mais baixas da planície, significando impacto também econômico.


Já foi possível observar que a colonização de plantas deste tipo provoca redução no fluxo de água de pequenos corpos hídricos, que deixam de contribuir com médios e com grandes. Em reservatórios, esse processo pode levar a uma redução significativa do seu nível no período de estiagem. Em canais urbanos, também invadidos pela braquiária d’água, elas se acumulam e impedem o escoamento da água das chuvas, contribuindo para inundações.

fonte: http://www.oeco.com.br/reportagens/37-reportagens/23004-o-verde-indesejado-do-pantanal-

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Coala pedindo água a ciclistas: insustentabilidade ambiental !



 
Fez calor no sul da Austrália durante mais de uma semana. 44°C a cada dia e tudo muito seco.

Nunca visto antes: os coalas pedem água aos ciclistas, uma cena realmente rara, até então !
Um homem que vive em Maude, recebeu estas fotos da sua mulher.
 
Um pequeno coala veio até ao alpendre da parte de trás da casa, para obter um pouco de sombra e ficar um pouco ao abrigo do calor.

A mulher encheu uma bacia de água e olhem o que aconteceu...

 
O que vocês acham destas imagens ?!...

 
Elas nos mostram claramente o que REALMENTE ESTÁ ACONTECENDO COM O MUNDO !

 
O consumo EXCESSIVO e o desenvolvimento INSUSTENTÁVEL, resultam neste aquecimento global que afeta a TODOS !

 
Inclusive a essas criaturas que, antes, se mantinham em harmonia com a natureza !

 
REFLETIR É PRECISO !

 
AGIR É NECESSÁRIO !









sábado, 21 de novembro de 2009

Sustentabilidade





Colocando em termos simples, a sustentabilidade é prover o melhor para as pessoas e para o ambiente tanto agora como para um futuro indefinido. Segundo o Relatório de Brundtland (1987), sustentabilidade é: "suprir as necessidades da geração presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprir as suas". Isso é muito parecido com a filosofia dos nativos dos Estados Unidos, que diziam que os seus líderes deviam sempre considerar os efeitos das suas ações nos seus dependentes após sete gerações futuras.


O termo original foi "desenvolvimento sustentável," um termo adaptado pela Agenda 21, programa das Nações Unidas. Algumas pessoas hoje, referem-se ao termo "desenvolvimento sustentável" como um termo amplo pois implica desenvolvimento continuado, e insistem que ele deve ser reservado somente para as atividades de desenvolvimento. "Sustentabilidade", então, é hoje em dia usado como um termo amplo para todas as atividades humanas.


Na economia, crescimento sustentado refere-se a um ciclo de crescimento econômico real do valor da produção (descontada a inflação), sendo portanto relativamente constante e duradouro, assentado em bases consideradas estáveis e seguras.


Desenvolvimento econômico sustentável dito de outra maneira é aquele em que a renda real cresce pelo crescimento dos fatores produtivos reais da economia e não em termos nominais. Isso seria um crescimento insustentável porque se estaria apenas jogando dinheiro na economia gerando uma riqueza momentânea que os agentes econômicos ao notarem que não há em contrapartida produção equivalente a esse ganho de renda artificial ajustam seus preços o que causa por sua vez inflação.


A Gestão Sustentável é uma capacidade para dirigir o curso de uma empresa, comunidade, ou país, por vias que valorizam, recuperam todas as formas de capital, humano, natural e financeiro de modo a gerar valor ao Stakeholders (LUCRO). A Gestão de processos deve ser vista sempre como um processo evolutivo de trabalho e gestão e não somente como um projecto com inicio, meio e fim. Se não for conduzida com esta visão, a tendência de se tornar um modismo dentro da empresa ou do país e logo ser esquecida ao sinal de um primeiro tropeço é grande. Muitos esforços e investimentos têm sido gastos sem o retorno espectável.


Se pensarmos que 10% de tudo o que é extraído do planeta pela industria (em peso) é que se torna produto útil e que o restante é resíduo, torna-se urgente uma Gestão Sustentável que nos leve a um consumo sustentável, é urgente minimizar a utilização de recursos naturais e materiais tóxicos. O Desenvolvimento Sustentável não é ambientalismo nem apenas ambiente, mas sim um processo de equilíbrio entre os objectos económicos, financeiros, ambientais e sociais.
****************************
Fonte: Wikipédia

Meio Ambiente





Uma das grandes preocupações no mundo é o Meio Ambiente, tema que vem sendo debatido e explorado em diversos segmentos e instituições acadêmicas diante da temática da Sustentabilidade. Para tanto, é necessário que todos tenham em mente sobre a importância do tema assim como de visar a preservação do meio ambiente, buscando meios que assegurem a sua continuidade.